26 janeiro, 2009

Há muito, muito tempo, nada escrevo neste blog. Efeito de uma grande carga de trabalho, de muitas coisas diferentes para fazer ao mesmo tempo. Assumi o posto de Pró-Reitor de Extensão da UFBA durante dois anos e continuei dando aulas, fazendo pesquisas, orientando alunos, escrevendo artigos e livros. A experiência na PROEXT foi boa, aprendi bastante.  Implementei alguns bons projetos (como o UFBA ECOLÓGICA e o Ciclo de Seminários Lyon-Salvador, por exemplo); resolvi alguns problemas crônicos da extensão em minha universidade e multipliquei o número de ações extensionistas. Mas outros projetos que concebi e considero muito importantes não consegui pôr em prática. Pesaram, neste caso, a tremenda burocracia da Universidade e a falta de recursos. Desta frustração, porém, tirei uma inspiração muito boa. Há coisa de duas semanas, quase, recebi aqui a visita de um amigo, o filósofo norte-americano Floyd Merrel, que vem todo ano a Salvador. Conquistei o apoio deste amigo para um projeto novo a que pretendo dedicar-me adiante e que resulta de uma reflexão sobre as dificuldades enfrentadas, da convicção de que elas não podem tornar-se um bloqueio permanente. Antes de falar disso, um parênteses: uma recente entrevista do nosso Reitor Naomar Almeida no Jornal A Tarde dá bem a idéia dos óbices em questão. Como Naomar mostrou, na verdade a autonomia universitária é ainda um sonho e a esta falta de autonomia concreta soma-se o imenso peso dos entraves burocráticos que tolhem a instituição, tanto nas suas relações com o MEC e outras instâncias de Governo quanto no interior da própria máquina universitária. Mas passo a falar de modo breve do projeto que apresentei a Floyd em nossa conversa. Trata-se simplesmente de fazer um grande banco de projetos onde possam ser depositadas idéias que (ainda) não puderam ser concretizadas, nas circunstâncias em que foram concebidas, mas podem ser viáveis e úteis em outros contextos ou em outros momentos. A minha tentativa de efetivar o reconhecimento (com titulação) pela universidade de Mestres de Artes e Ofícios Populares ainda não vingou; o projeto foi encaminhado ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFBA mas aguarda apreciação e sabe Deus quando isso acontecerá, ou se acontecerá. Porém já tive notícia de uma outra universidade interessada no assunto. Não hesitarei em encaminhar-lhe este projeto. Tenho alguns outros que podem ser implementados em diferentes lugares e conheço muitas pessoas com idéias interessantes que ainda não conseguiram pôr em prática. O Banco que imagino  terá colaboradores de diferentes partes do mundo (já aliciei dois nos EEUA e tenho certeza do apoio de muita gente boa na Europa, por exemplo.  Quem estiver interessado nessa iniciativa, por favor, entre em contacto comigo. Mais tarde explicarei melhor neste espaço como a estou pensando. Aviso, poré, que só poderei dedicar-me a ela mais efetivamente daqui a dois anos, pois até lá tenho projetos mais urgentes... 

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Não sabia que você estava atualizando o blog! Que coisa boa, pai!!

domingo, 17 maio, 2009  

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